sábado, 23 de janeiro de 2010

É assim que tudo começa, é assim que tudo termina

- Oi, você é muito bonita, posso ser seu amigo?

Em geral, é assim que se começa uma aproximação no mundo virtual. Você aceita a amizade, começa a conversar, troca msn, e pronto. Em pouco tempo são amigos.
Mas algumas vezes a coisa toma outro rumo. E os motivos são os mais variados possível. Solidão, vontade de ousar, de transgredir, de experimentar novos sabores, vontade de mudar uma rotina que já não satisfaz, testar limites, viver aventuras. Ou até, quem sabe... conhecer o grande amor da sua vida.
Naquele dia foi assim. Por coincidência eramos da mesma cidade, o que tornou tudo bem mais fácil.
Um papo gostoso, muitos elogios, joguinhos com as palavras pra esquentar o clima e o convite:

- Podemos sair, nos conhecer e quem sabe... algo mais?

Meu namoro não andava lá aquelas coisas, e já me cansava aquela história de ser sempre certinha, sempre responsável, quando a vontade era bem outra. Decidi não pensar muito.

- É, podemos sim. A que horas você me pega?

Não acreditava no que estava fazendo, não sabia nada sobre ele, estavamos acabando de nos apresentar e já marcávamos o encontro para o dia seguinte.
E nos encontramos. Trocamos algumas palavras, não houve muita afinidade nem muito tesão, apenas a cumplicidade na transgressão das regras sociais que regem a vida dos "cidadãos de bem". Ele também namorava e não estava feliz.

Fomos pro motel. Nos beijamos meio sem jeito, nos despimos, notei que o clima não era lá o que eu esperava. Ele era meio frio e sem graça, não havia troca de olhares quentes nem aquele desejo que aflora e toma conta dos corpos.
Mas como diz o ditado, "quem tá na chuva, é pra se molhar" ou, sendo mais trágica como uma boa atriz dionisíaca, "já que está no inferno, abraça o capeta!".
Foi o que fiz, aliás, Eu fiz quase tudo. Abocanhei o membro teso, duro e enorme, o maior que já havia experimentado, e o fiz urrar de prazer. Também senti prazer, não vou mentir. É uma de minhas taras, talvez a maior, me realizo com a boca cheia e o prazer do macho que se sente devorado.

Antes de levá-lo ao gozo, quis que me penetrasse. Nunca havia experimentado uma penetração tão profunda, o tamanho era realmente impressionante, grande e muito grosso. Senti que o deixei bem cansado, gosto da penetração demorada, colocou meus pés em seus ombros e me penetrou com muita força, profundo, até me levar ao gozo. Suava em bicas, e a respiração estava ofegante.
Ajoelhado sobre a cama, abocanhei novamente seu membro e dei a ele o que tanto esperava. Suguei-o até a exaustão, até adormecer os lábios e as veias saltarem sob a minha língua. Quando não aguentava mais, tirou de minha boca e lambuzou o meu rosto com seu leite quente e grosso.
Estava exausto.

Eu, embora não estivesse satisfeita, não quis prolongar o encontro. Já havia tido a experiência que queria, para mim bastava. Não havia sentimento de culpa, nem arrependimento.
Nos vestimos e fomos embora, concordamos que não havia rolado a tal "química" e combinamos manter a amizade.
Um acordo entre cavalheiros? Um código de honra entre dois transgressores da ordem, quem sabe? Ou apenas uma fuga equivocada da rotina, dos problemas, do dia a dia atribulado.
Dois infelizes em busca de alento.
Cúmplices num coito mecânico e num gozo de puro alívio.

Definitivamente, se o amor não me cabe, a vida sem ele não me convence!

Um comentário:

Rodrigo Betel disse...

caracas.... ufááá sou muito novo pra essas coisas vc realmente é fantastica... pelo menos nos versos é incrivel! parabens